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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mozilla Firefox 9.0

A fundação responsável pelo desenvolvimento do Firefox acaba de lançar oficialmente a nona versão estável do aplicativo, sem muitas mudanças drásticas, mas com correções que pretendem deixar a navegação ainda mais rápida.
No que diz respeito ao visual, o novo Firefox segue praticamente intocado desde a sua quarta versão e tornou-se mais ágil na sétima. O foco da nova atualização está na execução de códigos em Java Script. Agora, páginas que abusam das funções especiais proporcionadas pelo Java, como o Gmail e o Google Docs, podem ficar até 30% mais rápidas para abrir e executar.

Sobre o Firefox 9.0

Motor de Java Script aprimorado


Um dos principais termômetros que medem o desempenho dos browsers modernos é a velocidade com que eles rodam aplicativos baseados em Java Script. Páginas com atualização dinâmica de conteúdo, como o Gmail e o Google Docs, dependem dessa funcionalidade para funcionar.
Graças ao motor aprimorado do Firefox 9.0, sites com este tipo de conteúdo podem ficar até 30% mais rápidos para abrir e atualizar. Testes em ferramentas de benchmark, como a SunSpider, mostram que houve um ganho de até 60 milissegundos, diminuindo o tempo total na bateria de testes de 370 para 310 ms.

Gerenciamento de extensões


Como uma medida de segurança, o Firefox adotou uma nova forma para o gerenciamento das extensões instaladas. Embora o navegador possua uma série de complementos, nem todos são conhecidos e testados pela equipe da Mozilla. Agora, sempre que o browser encontra uma extensão de terceiros (como uma daquelas presentes em antivírus), ele pergunta o que deve ser feito.
Antes, esses complementos, especialmente quando vindos de aplicativos para a proteção do computador, eram simplesmente instalados e ativados. Da mesma forma, após atualizar para uma nova versão, o Firefox permite que você ative ou desabilite os complementos de forma independente logo na primeira execução do navegador.
O Firefox também continua informando quais extensões podem não ter a compatibilidade adequada à nova versão.

Abrindo apenas uma aba


Embora essa seja uma função que já estivesse presente no Aurora, ela é novidade no Firefox estável propriamente dito. Agora, você pode configurar o navegador para carregar apenas a aba escolhida durante a inicialização e não restaurar todas as guias abertas na última seção. Isso aumenta a velocidade de carregamento do browser de maneira significativa.

Abrindo apenas uma aba!

Para ativar essa opção, clique no botão do Firefox, escolha a alternativa “Opções” e entre em “Opções”. Então, acesse a aba “Geral”. Logo no começo, ele pergunta o que deve ser aberto ao iniciar o Firefox. Apenas marque a guia “Só carregar abas ao selecionar”.

Melhoria no uso de memória


A redução da carga no uso de memória RAM durante os processos sempre foi um dos pontos que pesaram negativamente contra o browser. Afinal, muitas pessoas relatavam processos maiores do que 200 MB apenas para abertura de uma aba ou janela.
Essa era uma promessa antiga da Mozilla, uma vez que o excessivo consumo de memória é a principal queixa dos adeptos do navegador. De acordo com os desenvolvedores, desde a versão 7 o Firefox usa uma quantidade entre 20% e 30% menor de memória do que as versões anteriores (6, 5 e 4). Ainda é afirmado que, por vezes, essa taxa pode atingir até 50%.
Um detalhe importante é que, mesmo que o browser fique aberto por horas, o uso de memória será contínuo.

Botão Firefox


No canto superior esquerdo, o navegador ganha o botão Firefox. A partir dele, é aberto um menu de contexto com acesso a diversas funções que, anteriormente, se apresentavam na barra de ferramentas. Opções como “Nova aba” (também disponível pelo atalho Ctrl+T), “Nova janela” e “Abrir arquivo” podem ser encontradas nesse menu.

Mozilla Firefox 7 Final.

“Favoritos”, “Histórico” de navegação, gerenciador de “Downloads” e “Complementos” não mais ficam disponíveis a um simples clique, mas todos estão organizados dentro desse menu, uma espécie de Iniciar dentro do navegador.

Abas de aplicativos


Uma das funções mais interessantes criadas pelo Firefox foi a introdução de complementos e add-ons para o navegador, característica que hoje parece indispensável para muitas pessoas em qualquer browser que seja.
Aperfeiçoado, o acesso aos complementos agora é feito em uma nova aba. Para acessá-lo, basta ir ao menu Firefox > Complementos ou ainda digitar o comando “about:addons” na barra de endereços. O procedimento de instalação é o mesmo, mas, a partir de agora, não é mais necessário reiniciar o browser para que uma extensão entre em funcionamento.

Aba de aplicativos


Permaneça em sincronia


Para quem utiliza mais de um computador, manter o histórico de navegação e as URLs favoritas acessíveis a partir de qualquer de lugar eram tarefas que requeriam o uso de uma extensão ou de serviços complementares, como uma conta de usuário da Google.
Para facilitar a vida de quem usa o sistema de sincronização do Firefox, a sétima versão aprimorou a sincronia entre as senhas do usuário e o Firefox Sync. Agora, modificações feitas são sincronizadas instantaneamente quando se utiliza o Firefox Sync.

Mais destaque para o domínio visitado


Uma característica visual nova do Firefox é o fato de ele dar destaque para o domínio visitado. Sua função é bem prática: facilitar a identificação de onde você realmente se encontra enquanto navega na web.

Mozilla Firefox 7 Final.


Panorama


O sistema Panorama, que permite uma visão mais ampla das abas abertas no browser e, consequentemente, melhor organização de todo o conteúdo, também recebeu algumas melhorias. Agora o navegador demora menos para abrir quando essa função está em uso.
Funciona assim: as páginas ocultadas pela função Panorama só são carregadas quando você clica sobre elas; antes, todas as abas eram carregadas juntamente com a inicialização do navegador. Isso consumia boa parte da banda da internet e também recursos de arranque do Firefox. Para visualizar as abas pelo sistema Panorama, use o atalho Ctrl + Shift + E ou então o botão presente no canto superior direito da tela do navegador.


Mozilla Firefox 7 Final.

Gerenciador de permissões


Você usa vários serviços que demandam senha, portanto, usar a função de memorizar dados de login pode ser uma boa saída para não ter que guardar tudo isso na sua própria memória. Para isso, o Firefox conta com um gerenciador de permissões, e basta executar o comando “about:permissions” (sem aspas na barra de endereços) para acessá-lo.
Mozilla Firefox 7 Final.

Na aba que se abre, você define opções relacionadas às permissões, escolhendo se o navegador deve memorizar senhas, compartilhar localização, armazenar cookies, abrir janelas popup e preservar conteúdo offline. Além disso, é possível modificar manualmente cada uma das senhas já gravadas no Firefox.

WebM, HTML5, CSS3, SVG, WebGL...


Antigamente, bastava o nome de um plugin para identificar todas as tecnologias compatíveis com o navegador. Hoje, é preciso ficar atento ao suporte disponível para diversas linhas de programação. A ausência de uma delas pode significar a morte prematura de um browser antes mesmo do seu lançamento.
Nesse quesito, o Mozilla Firefox está em dia com as últimas novidades. Além do suporte completo para HTML5, que proporciona recursos mais dinâmicos para a criação de páginas, e CSS3, que define folhas de estilo com mais transições e efeitos na web, há compatibilidade com SVG e WebM.
O Firefox também oferece suporte para animações (e transições) em CSS. Isso pode auxiliar muito na hora de carregar esse tipo de arquivo de estilo, coisa que antes poderia simplesmente não funcionar ou, em casos mais extremos, até mesmo causar o travamento do navegador.

Mozilla Firefox 6

Já a SVG é uma tecnologia para definição de componentes gráficos vetoriais, aperfeiçoando o uso de imagens dinâmicas na rede. Por fim, o codec WebM funciona em parceria com o HTML, proporcionando taxas maiores de compressão em vídeos de alta qualidade.
Para que possa exibir gráficos em 3D com melhor qualidade e velocidade, o Firefox aprimorou os recursos de WebGL. A tecnologia trabalha em parceria com o HTML5 e conta com gerenciamento automático de memória.

Aceleração gráfica


Para melhorar o carregamento das páginas, algumas operações de processamento passam a ser feitas com auxílio da placa gráfica. Isso acontece graças à interface Direct2D, disponível nas versões mais recentes do Windows.
O recurso é desativado na configuração-padrão do programa, para evitar gastos maiores com energia elétrica, principalmente para pessoas que utilizam o navegador em notebooks e não podem descuidar da carga de bateria.

Compatibilidade com multitouch


Muitos do tablets que chegam ao mercado virão com o Windows 7 como sistema operacional. Desde a versão 6, o Firefox conta com suporte para as versões multitouch, trazendo funções adicionais para o navegador.
Opções como cortes, redimensionamento de elementos, ajuste de zoom, giro de itens e empilhamento de imagens agora podem ser comandadas utilizando apenas a ponta dos dedos, um avanço necessário para a nova geração touchscreen de portáteis.

Teste de compatibilidade


Mozilla Firefox 7 Final.



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Top 20: veja as principais tendências de TI em 2011

Cloud computing, o aumento das conexões sociais e o passado de Steve Jobs tiveram forte impacto no setor de TI em 2011. Segue uma lista, na ordem reversa, dos mais importantes temas, eventos, produtos e pessoas deste ano.
20. Nação consultiva. A tecnologia e as qualificações de negócios de um profissional de TI precisam ser trocadas constantemente, e as companhias lutam para manter essa tendência. Entrar na era de trabalhadores temporários altamente qualificados, bem pagos e dispostos (e às vezes aptos) a assumir seus projetos de negócios tecnológicos é um desafio para que as empresas que precisam montar equipes de trabalhadores de acordo com a programação e dentro do seu orçamento, além de mantê-los trabalhando rumo à conclusão bem sucedida de um projeto. Muitas startups vão surgir para ajudar as empresas a encontrar e montar as equipes.
19. Dança das cadeiras na HP. A Hewlett-Packard, certa vez, fez uma pausa para avaliar e fazer uma abordagem voltada à tecnologia de negócios. Lá, especialistas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) iriam preparar novos produtos e características e entregá-los ao setor de vendas e marketing pessoal. A ex-CIO Carly Fiorina trocou esse foco tentando deixar a HP mais parecida com a Apple, fato que não funcionou para ela nem para a empresa. O sucessor, Mark Hurd, era um cortador de custos implacável. Mas, Leo Apotheker não conseguiu construir um consenso na empresa. Meg Whitman tem, agora, a oportunidade de remontar as forças consideráveis da HP em um conjunto atraente de serviços empresariais. Eu não acho que ela pode esperar até 2013 para entregar os resultados.
18. Novas plataformas de desenvolvimento. Uma maneira de olhar para o Twitter, Facebook, LinkedIn e Google+ é como plataformas de desenvolvimento com suas próprias APIs, linguagens de desenvolvimento e recursos de design. Sua empresa provavelmente gasta muito tempo e esforço no design do site, otimização de busca, divulgação e newsletter. Mas o que sua companhia está fazendo para desenvolver aplicações em grandes plataformas de mídia social?
17. Novo chefe da IBM. Se quase todas as mudanças na Hewlett-Packard é marcada por revolta (ver n º 19), as transições da IBM são perfeitas e controladas. Assim foi com Virginia Rometty, uma veterana de 30 anos de IBM convidada em outubro para suceder Sam Palmisano como CEO a partir de janeiro. A capacidade de identificar, treinar e promover executivos é um dos pontos fortes da IBM e deve ser um dos pontos fortes da sua campanhia também.
16. Big Data. Esta é uma tendência crítica. Grandes dados descrevem as informações conjuntas que podem incluir as tendências demográficas, padrões de tempo e apenas sobre qualquer outra coisa que faz o mundo funcionar. Analisando os tipos de conjuntos em combinação com a empresa, fornecedor, cliente e outros dados para tomar decisões de negócios é possível dizer que esse tema terá maior importância em 2012.
15. Stuxnet. Essa foi uma sofisticada peça de malware, software destinado a se infiltrar em um sistema de computador alheio de forma ilícita. Os investigadores digitais podem nunca saber a origem do Stuxnet, nem mesmo quanto tempo o malware pode permaner dormente, ou exatamente como ele foi ativado. Enquanto isso, a sofisticação do ataque anunciou uma nova era de pirataria digital. Hackers estão se movendo da segmentação dos PCs para um mandato muito mais amplo, incluindo dispositivos móveis, redes sociais e infraestrutura corporativa. As lições de segurança com Stuxnet ensinaram as empresas em 2011 que é preciso mudar para um monitoramento constante de defesas em 2012.
14. CMOs como técnicos. Diretores de marketing estão desafiando os CIOs e CTOs para a reduzir a sua parte do orçamento de TI. Redes sociais, software como serviço de marketing, inteligência de negócios para a marca e gerenciamento de produtos e análises em tempo real da opinião de clientes são algumas das tecnologias focadas por esses profissionais.
13. NBA. O bloqueio acabou! Espere, não, não trata-se da Associação Nacional de Basketball. Neste caso, NBA é para novos aplicativos de negócios. Localização e sistemas de pagamento que permitem, por exemplo, fazer locação de automóveis ou sistemas de esportes que permitem que os fãs façam compras de seus assentos.
12. Virtualização. Um ano atrás, a virtualização estaria no topo desta lista. É tão importante como sempre, mas está ficando como coadjuvante na discussão sobre nuvem. Gestão de todos os servidores virtuais, clientes e redes é agora o tema da grande virtualização da TI.
11. Capacidade vertical. Saúde, serviços financeiros e empresas de varejo lideram o caminho em aderir as maiores tendências de tecnologia (ver ns º 2, 3 e 13) e transformá-las em aplicações que forneçam uma diferenciação estratégica. A estratégia da Amazon para trazer a comparação de preços ao shopping local é uma virada de jogo no varejo e resultou em um alvoroço de compras. As empresas podem aprender muito sobre as aplicações de novas tecnologias, olhando para o que as empresas de outros setores estão fazendo.
10. BI de fora para dentro. Considerando que uma vez que o principal objetivo do software de BI foi analisar as operações internas da empresa, o impulso mais interessante atualmente está ocorrendo fora da corporação. As empresas estão usando BI para analisar as conversas dos clientes nas redes sociais e os potenciais clientes estão tendo sobre os seus produtos e marcas a influência do desenvolvimento de seus produtos, estratégias de preços, campanhas de marketing e abordagens de vendas.
9. TI como serviço. O conceito de serviço já existe há algum tempo. As opções das companhias eram limitadas quando a TI interna era a única opção na cidade. Agora existem serviços oferecidos internamente, serviços hospedados e oferecidos como uma aplicação baseada em nuvem. Concorrência de fornecedores de fora provavelmente colocará mais pressão nas organizações da TI para justificar estornos dos clientes.
8. As redes sociais chegam às empresas. A atualização interminável de “curtir”, desfazer”, locais e discussões mesquinhas não tem lugar na empresa. Quão errado pode ser uma suposição? As grandes redes sociais estabelecidas, incluindo Twitter, Facebook e Google +, estão desenvolvendo uma postura empresarial, enquanto o software de negócios sociais, tais como Yammer, Socialtext e Chatter, da Salesforce.com, ganham força corporativa. Os objetivos: ajudar o funcionário a colaborar melhor internamente e com parceiros e ajudar as empresas a conectarem-se e compreenderem melhor seus clientes.
7. A morte de Steve Jobs. A pessoa que teve a maior influência na tecnologia de negócios em 2011 (e, possivelmente, em tecnologia nos últimos 10 anos) também foi o executivo que com mais desdém tratou a esfera empresarial. Jobs criou um modelo de perfeccionismo, orientação ao consumidor e computação verdadeiramente pessoal que será quase impossível outro executivo replicar. O movimento prosumer (veja tendência No. 5) é em grande parte de Jobs.
6. P / C / S. Como observado em algumas das outras tendências, privacidade, segurança e compliance são os três obstáculos de qualquer aplicação ou serviço e devem ser superados para torná-los parte da rede corporativa. Estas questões se tornaram ainda mais aguda em 2011, assim como regulamentos estaduais e federais deixaram vazar a privacidade provocando constrangimento financeiramente dispendioso. Espero que esses regulamentos sejam resolvidos em 2012.
5. Prosumer. Uma grande ideia: Seus funcionários arcam com o custo de compra de hardware e você, simplesmente, os conecta na rede corporativa. Mas os aparelhos apresentam alguns desafios de segurança e conformidade e as empresas estão começando a ganhar braços somente agora.
4. A economia. Mesmo quando a economia começa a crescer modestamente, o C-suite, incluindo CIOs, continuará a ser cauteloso com os gastos. Cada dólar vai exigir uma justificativa do retorno financeiro (ROI, da sigla em inglês) e CIOs vão pesar seu arrendamento versus compra e pessoal temporário versus tempo integral. Esses profissionais estão sob intensa pressão para desenvolver planos de gastos de TI que visa superar a concorrência ao invés de cortar custos para corresponder a uma economia em desaceleração.
3. Mobilidade. Seus funcionários deixaram seus cubículos. Dispositivos móveis, como tablets e smartphones, são um desejo intenso. O modelo de lojas de aplicativos está fazendo o caminho das empresas e dispositivos móveis conectados à localização e sistemas de pagamento irão reorganizar a forma como as empresas gerenciam suas forças de trabalho e implementam os seus serviços. Como é que você vai gerenciar e proteger os dispositivos móveis e aplicativos?
2. Computação em nuvem. Dependendo da sua perspectiva, a nuvem é o termo mais importante ou sensacionalista ou, ainda, abusado no dicionário da tecnologia. Computação em nuvem representa a maior expansão das funções de TI além dos limites corporativos. Cloud computing, analisado em variedades públicas, privadas e híbridas, veio para ficar.
1. TI é muito lenta. Quando esta reportagem de capa saiu na revista InformationWeek EUA no início deste ano, eu estava trabalhando em uma mídia de negócio concorrente e senti inveja da InformationWeek por ter colocado essa questão de modo tão sucinto. As reclamações de que as operações de TI são muito lentas e pesadas sempre existiram, mas a ascensão da computação em nuvem, software como serviço e as redes sociais permitem um fim de corrida ainda mais plausível. Só agora a transformação da TI em uma empresa de serviços (ver nº 20) está se desdobrando. Deve ser chamada a atenção para as organizações de TI em toda parte do mundo
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O novo bug do milênio

O autor chama-se Sergio Varga, certificado nas carreiras de IT Architect e IT Specialist e membro dos Boards de Certificação da IBM, com 25 anos de experiência em TI. É formado em Processamento de Dados e Administração pela PUC/RJ e Mestre em Tecnologia pelo CEFET/RJ.  Sérgio, muito obrigado pelo texto e pela autorização.

O novo Bug do Milênio?
A nova versão do protocolo IP (Internet Protocol) que vem a substituir a versão IPv4 atualmente vigente, será a IPv6. Esta mudança permitirá a conexão de cerca de 3,4x1038 endereços ao invés dos 4 bilhões de endereços suportados hoje. Conforme descreveu Luís Espínola no Mini Paper n57 em Março de 2008, o fim acabou chegando mesmo antes de 2012, pois em Fevereiro de 2011 os últimos blocos livres de endereçamento IPv4 foram alocados pela Internet Assigned Numbers Authority(IANA).   



Isso significa que qualquer instituição que necessite de um novo endereço IP oficial, conseguirá somente com um dos cinco orgãos regionais que, porventura, ainda detenham endereços disponíveis. Ao término dessa reserva, as empresas terão que buscar alternativas tais como outsourcing, colocation (hospedagem de computadores em outra empresa), etc.

Há quem fale que esse será o novo bug do milênio. Os profissionais de TI que estavam no mercado de trabalho antes de 2000 devem se lembrar do frisson que ocorreu nos últimos anos antes da virada do ano 2000, em especial no final de 1999. Na maioria dos sistemas, o ano era codificado com dois dígitos e isso poderia causar grandes problemas naqueles que utilizavam datas para efetuar cálculos. Por exemplo subtrair 99 de 00 era obviamente diferente de subtrair 1999 de 2000. Logo, foi necessário aumentar o campo “ano” para quatro dígitos, o que causou muita correria para alterar os sistemas legados. No final das contas não se soube de grandes problemas ocorridos após aquele tão esperadoReveillón

Mas o que está acontecendo hoje? Temos praticamente toda a Internet utilizando IPv4 e sem a possibilidade de crescimento no seu atual espaço de endereçamento. Logo, torna-se necessário começar efetivamente a migração para o IPv6. Segundo o levantamento efetuado pela ARBOR Networks, o volume de tráfego IPv6 em 2008 foi de 0,0026% do total e no ano seguinte ainda se manteve nessa ordem. Ainda existem milhares de aplicações que utilizam o IPv4, mas por outro lado, as grandes empresas já estão disponibilizando produtos compatíveis com IPv6. Como ficam então os programas, aplicativos, sistemas e websites que ainda não suportam o protocolo IPv6? Visualiza-se uma enorme oportunidade para serviços, venda de hardware software, consultoria, desenvolvimento e treinamento para apoiar as empresas que necessitarão adequar suas aplicações ao novo protocolo. Não podemos nos esquecer ainda do potencial que essa conversão trará, pois todo equipamento que suporte o protocolo IP, tais como celulares, televisões, computadores, eletrônicos, gadgets e o que mais se imaginar precisará utilizar o novo protocolo. Abre-se então um leque inimaginável de oportunidades. 

Uma boa saída seria converter as aplicações para o IPv6 através de formas alternativas, utilizando-se de recursos tais como proxies,gateways e NAT (Network Address Translation), mapeando endereços inválidos para endereços oficiais, no entanto isso implicaria em uma possível perda de desempenho das aplicações, causada pela criação de hops adicionais de tráfego. O

IPv4 durou cerca de 30 anos e, por enquanto, não se consegue nem pensar que algum problema de esgotamento venha a ocorrer com o IPv6, pois, nesse caso, mesmo se cada um dos 7 bilhões de habitantes da Terra tivessem 50 dispositivos com acesso à Internet, ainda seria possível o endereçamento. Mas, no ritmo do avanço tecnológico, não seria surpresa se daqui a 80 anos, por exemplo, os endereços voltarem a se esgotar. 

Diferente do bug do ano 2000, a adoção do protocolo IPv6 é um problema menos crítico pois, aparentemente, há tempo suficiente para a migração. É provável que os setores de entretenimento e marketing venham a impulsionar essa mudança, pois são os que necessitam atingir grandes volumes de consumidores e o Ipv6 poderá ser uma solução para agilizar esse processo.


Obrigado 
http://suportesos.blogspot.com
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